Nascido em Zanzibar, na Tanzânia, fugiu de um golpe de estado em seu país quando tinha 18 anos. Refugiado na Inglaterra, tornou-se professor e autor de 10 romances.
Abdulrazak Gurnah é 4º vencedor negro em 120 anos do Prêmio Nobel de Literatura. Os outros ganhadores foram o nigeriano Wole Soyinka em 1986, o caribenho Derek Walcott, em 1992 e a norte-americana Toni Morisson, em 1993.
Seus romances abordam, em menor ou maior grau, o lugar do refugiado no mundo, bem como o colonialismo e seus efeitos na vida das pessoas, principalmente em países do continente africano.
Nenhuma de suas obras foi editada no Brasil, mas a editora Companhia das Letras anunciou que publicará quatro delas, uma no primeiro semestre de 2022: Afterlives, Paradise, By the Sea e Desertion.
Na virada do século XX somos apresentados ao jovem Yusuf, que vive com o pai na cidade fictícia de Kawar, na Tanzânia. O pai é um hoteleiro que por estar com dificuldades financeiras acaba acumulando dívidas com um comerciante arábe chamado Aziz.
Amor, possessão e traição são sentimentos que envolvem Latif e Omar, este um homem que apesar de ser pai de família precisa fugir de sua cidade natal em busca de asilo na costa marítima inglesa. O livro apresenta uma jornada de pessoas em busca de estabilidade social, financeira e amorosa.
Alternando entre duas histórias de amores proibidos, separadas por quase 50 anos, este é um romance sobre um explorador inglês que se apaixona por sua enfermeira, e sobre o narrador da história, que 50 anos depois relembra seu amor pela neta da enfermeira.
Hamza é um soldado treinado por uma tropa alemã, que foi vendido pelos pais no início do século XX, quando ainda era um bebê. Ele retorna à sua cidade na Tanzânia, onde tenta deixar os traumas da guerra para trás.