Há muitos bons livros que ainda não foram traduzidos no Brasil por diversos motivos. Quando é um livro de poesia as chances são menores ainda, pois tem-se a ideia de que esse gênero não vende.
Mas vamos listar aqui 8 livros de autores não brancos que poderiam fazer sucesso no Brasil caso ganhassem uma tradução.
Apesar de ser mundialmente conhecido por seus ensaios e romances, James Baldwin iniciou sua vida literária por meio da poesia. Este livro foi publicado em 1989 e mostra um Baldwin disposto a escrever com honestidade sobre raça, sexualidade e classe.
Quando pensamos na Geração Beat, apenas nomes de autores brancos aparecem em nossa mente. Logo, é imprescindível o lançamento de Kaufman no Brasil. Um dos poucos poetas negros da época, ele usa o Jazz como inspiração para escrever protestos político-sociais em forma de poesia.
Nikki Giovanni é uma das mais queridas e influentes escritoras norte-americanas, e seus poemas são pequenas doses de lembretes direcionados aos pequenos prazeres do dia a dia, que na correria diária, acabam tendo sua beleza e importância ignoradas.
Com talento de sobra, June Jordan foi uma escritora, professora, ativista e ensaísta, cujo trabalho aborda temas como imigração, raça, gênero e representatividade bissexual, isso quando a bissexualidade ainda era entendida como uma anomalia.
A Place Called No Homeland - Kai Cheng Thom
Kai Cheng Thom faz parte da nova geração de autores não-cisgêneros que ganham reconhecimento ano após ano. Nascida no Canadá, Thom é uma mulher trans que escreve sobre gênero, raça e sexualidade através de um recorte violentamente punk.
Vencedor do Prêmio Pulitzer de Poesia em 2020, The Tradition é uma obra-prima moderna. Brown escreve com delicada atenção sobre traumas, racismo, fluidez sexual e também sobre o lugar de homem negro e queer nos Estados Unidos atual.
Definitivamente, Black Movie é um livro para cinéfilos. Aqui, Danez Smith (que teve seu livro Não digam que estamos mortos já publicado no Brasil) sequestra filmes consagrados na história norte-americana e os ressignifica, inserido o homem negro gay na narrativa.
Publicado em 2017, Kumukanda, que significa Iniciação, é uma ode ao amor de Chingonyi pela literatura e pela música — mais precisamente o Hip Hop. Ele examina o que significa ser um homem negro no Reino Unido.