Com o final do ano se aproximando, resolvemos direcionar nosso olhar às principais premiações literárias em língua portuguesa e relembrar alguns dos autores negros que se sagraram vencedores em 2021.
Nascida em 1955, em Maputo, capital de Moçambique, e com apenas dois livros publicados no Brasil, Chiziane foi a primeira mulher a escrever um romance no seu país natal. Suas obras abordam temas como o lugar da mulher na sociedade africana, racismo e colonialismo.
Paulina Chiziane - Niketche: Uma história de poligamia, e O Alegre canto da perdiz
Dividindo-se entre a literatura, a pesquisa e o ensino, Tenório, nascido no Rio de Janeiro em 1977, escreveu os romances O Beijo na Parede, Estela sem Deus e O Avesso da Pele — este, aclamado pelo público e pela crítica.
Jeferson Tenório - O Avesso da Pele
Com A razão africana, Muryatan, nascido em Lund, na Suécia, cria uma obra sofisticada sobre os efeitos devastadores do colonialismo e da hegemonia europeia brancocêntrica nos países africanos. Os temas abordados pelo autor são racismo, identidade e cultura (entre outros).
Muryatan S. Barbosa - A razão africana: Breve história do pensamento africano contemporâneo
Nascido em Timor-Leste, Cardoso foi o primeiro escritor do país a ser finalista no prêmio. O Plantador de Abóboras, que ainda não foi editado no Brasil, possui linguagem poderosa e faz o leitor ponderar sobre o valor da companhia, além de abordar a história do Timor-Leste.
Luís Cardoso - O Plantador de Abóboras
Foto de Daniel Rocha
Ensaísta, poeta e professor de literatura portuguesa e africana, Edimilson de Almeida Pereira criou em O Ausente, seu primeiro romance, uma atmosfera opressiva e rural onde os personagens anseiam por liberdade.
Edimilson de Almeida Pereira - O ausente