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Poemas

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    Baladas-Hilda Hilst

    “Baladas” é a reunião dos três primeiros livros de poesia de Hilda Hislt: “Presságio”, “Balada de Alzira” e “Balada do festival”. Em “Presságio” (1950) nos deparamos com vinte e um poemas…

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    Retrato- Cecília Meireles

    Eu não tinha este rosto de hoje, assim calmo, assim triste, assim magro, nem estes olhos tão vazios, nem o lábio amargo. Eu não tinha estas mãos sem força, tão paradas e frias e mortas; eu não…

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    Mulher ao espelho- Cecília Meireles

    Hoje, que seja esta ou aquela,pouco me importa.Quero apenas parecer bela,pois, seja qual for, estou morta.Já fui loura, já fui morena,já fui Margarida e Beatriz,Já fui Maria e Madalena.Só não pude…

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    Amor condusse noi ad una morte- Paulo Mendes Campos

    Quando o olhar, adivinhando a vida,prende-se a outro olhar de criatura,o espaço se converte na moldura,o tempo incide incerto sem medida,as mãos que se procuram ficam presas,os dedos estreitados lembram garrasda…

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    Palavras Minhas- Pedro Tamen

    Palavras que disseste e já não dizes,palavras como um sol que me queimava,olhos loucos de um vento que sopravaem olhos que eram meus, e mais felizes.Palavras que disseste e que diziamsegredos…

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    Acalanto- Paulo Henriques Britto

    Noite após noite, exaustos, lado a lado,digerindo o dia, além das palavrase aquém do sono, nos simplificamos,despidos de projectos e passados,fartos de voz e verticalidade,contentes de ser só corpos na cama;e…

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    O Futuro- Fernando Pessoa

    Sei que me espera qualquer coisaMas não sei que coisa me espera.Como um quarto escuroQue eu temo quando creio que nada temoMas só o temo, por ele, temo em vão.Não é…

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    Ternura- Menotti del Picchia

    Se eu te dissesse o meu amor…(Olha o mar como é vasto! Ouve o mar como geme!)Se eu te dissesse o meu amor!(É meu braço que treme ou teu braço que…

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    Poema Deslocado- Murilo Mendes

    Ninguém sabe onde terminamOs caminhos de incêndioEm que é gostoso dormir.Perdi-me no labirintoPara melhor me encontrar.Os destroços do céuDesabam sobre mim tremor de pensamento.BeberBeber um grande copo de tuas lágrimasAté cair…

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    Três Coisas- Paulo Mendes Campos

    Não consigo entenderO tempoA morteTeu olharO tempo é muito compridoA morte não tem sentidoTeu olhar me põe perdidoNão consigo medirO tempoA morteTeu olharO tempo, quando é que cessa?A morte, quando começa?Teu…

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    Lugar- Iacyr Anderson Freitas

    “Nunca tivemos lugar neste mundo.Ontem amávamos tantoo que agora esquecemos.Amanhã venderemos a qualquer preçoo que hoje nos fazmudar de endereço. Por isso invejamos aquela árvore:porque soubequal era o lugar, porque nele…

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    O amor bate na aorta- Carlos Drummond de Andrade

    Cantiga de amor sem eiranem beira,vira o mundo de cabeçapara baixo,suspende a saia das mulheres,tira os óculos dos homens,o amor, seja como for,é o amor. Meu bem, não chores,hoje tem filme…

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    Sobre o silêncio- Chacal

    Hoje não viemos discutir projetosHoje não viemos pedirHoje viemos como alguém que visita sua casaQue vem dizer pra famíliaSobre as dificuldades de se tecer a invençãoSobre o abismo que se abre…

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    A um ausente- Carlos Drummond de Andrade

    Tenho razão de sentir saudade,tenho razão de te acusar.Houve um pacto implícito que rompestee sem te despedires foste embora.Detonaste o pacto.Detonaste a vida geral, a comum aquiescênciade viver e explorar os…