Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.
Maria Ferreira é uma mulher negra baiana. É criadora do Clube Impressões, o clube de leitura de livros de ficção do Impressões de Maria, e co-criadora e curadora do Clube Leituras Decoloniais. Também escreve poemas e tem um conto publicado no livro “Vozes Negras” (2019) e "6 desejos de natal" (2022), ambos publicados pela Se Liga Editorial. É formada em Letras-Espanhol pela Universidade Federal de São Paulo. Seus principais interesses estão relacionados com temas que envolvem literatura, feminismo negro e decolonial e discussões sobre raça e gênero. Enxerga a literatura como uma ferramenta essencial para transformar o mundo.
4 Comentários
Unknown
5 janeiro, 2014 em 21:46Um poeta e contra fatos não há argumentos.
É sempre agradável a leitura.
bjs
http://www.letrasdanana.blogspot.com.br/
Dai M.
6 janeiro, 2014 em 10:00Sempre direi: Drummond! Perfeito!
Beijooos
http://comvistaparavida.blogspot.com.br/
Inês Gabriela A.
6 janeiro, 2014 em 12:37Drummond é maravilhoso, li um livro de crônicas dele e me apaixonei. Percebo agora que é um autor completo, sabe ser poeta tão bem quanto cronista!
OBS: Te indiquei para um desafio lá no blog! -> http://memorias-de-leitura.blogspot.com.br/2014/01/desafio-de-ferias.html
Soraya Abuchaim
6 janeiro, 2014 em 16:06Sem palavras rs
Adoro esse poeta, como já disse outras vezes.
Aaaah, e respondendo seu comentário do blog, concordo que a Companhia das Letras arrasa, mas algumas capas deixam muito a desejar rs
Beijos
Meu Meio Devaneio