#7SemanasComDavis – Semana 3

Essa postagem compreende 27 páginas (79-106), nas quais se encontram os capítulos 4 e 5, intitulados “Racismo no movimento sufragista feminino” e “O significado de emancipação para as mulheres negras”, respectivamente.
Quando o Partido Republicado conseguiu fazer com que a escravidão chegasse ao fim no Sul, eles queriam fazer com que houvesse sufrágio para os homens negros, mas não porque eram homens e sim porque representavam mais de 2 milhões de votos para o Partido Republicano. As mulheres brancas de classe média, lideradas por Elizabeth Cady Stanton e Susan B. Anthony, não pensavam assim. Com argumentos racistas, elas viam o sufrágio dos homens negros como uma forma de reafirmar a supremacia masculina, mas ignoravam que o fim dá escravidão só se deu, praticamente, de forma nominal, sem o direito ao voto, os homens negros não conseguiriam liberdade plena, pois ainda tinham privações econômicas e ainda eram constantemente atacados por gangues racistas.
Após o fim formal da escravidão, passou-se a usar mão de obra carcerária para realizar os trabalhos outrora feitos pelos escravos. As pessoas eram presas por coisas mínimas para que depois fossem usadas como mão de obra. Não preciso nem dizer sobre quem recaiu essas prisões, né?
As mulheres negras, com grandes dificuldades de conseguirem empregos, se viam obrigadas a desempenharem trabalhos domésticos. Ambas as práticas, o uso de mão de obra carcerária e o serviço doméstico, não deixaram de ser uma nova forma de escravidão.
A segregação racial no sul dos Estados Unidos foi institucionalizada pelas leis Jim Crow e durou quase um século, de 1876 a 1965. Os negros tinham que sentar nos bancos dos fundos dos ônibus, mesmo que tivessem bancos vazios na frente, teriam que ficar em pé, não podiam estudar nas mesmas escolas que os brancos e esses são só alguns exemplos.
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Uma resposta

  1. Maria!
    Imagino que nesse período de transição, a discriminação continuou, como falou, durante ainda por quase um século, e acredito que ainda exista por lá em muitos lugares, como ainda existe aqui no Brasil também, o que é um tremendo absurdo.
    Usar a mão de obra carcerária e ainda se utilizar dos serviços domésticos das mulheres da época, continuava sendo uma forma de submissão e escravidão.
    “Saber encontrar a alegria na alegria dos outros, é o segredo da felicidade.” (Georges Bernanos)
    cheirinhos
    Rudy
    http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
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Maria Ferreira

Maria Ferreira é uma mulher negra baiana. É criadora do Clube Impressões, o clube de leitura de livros de ficção do Impressões de Maria, e co-criadora e curadora do Clube Leituras Decoloniais, voltado para a leitura e compartilhamento de reflexões sobre decolonialidade. Também escreve poemas e tem um conto publicado no livro “Vozes Negras” (2019). É formada em Letras-Espanhol pela Universidade Federal de São Paulo. Seus principais interesses estão relacionados com temas que envolvem literatura, feminismo negro e decolonial e discussões sobre raça e gênero. Enxerga a literatura como uma ferramenta essencial para transformar o mundo. 

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