A exposição Picasso e a Modernidade Espanhola esteve em São Paulo do dia 25/03 até 08/06, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). Estive lá no dia 26/04 e venho contar para vocês como que foi.
Era fim da manhã de um domingo, faltava menos de uma hora para meio-dia e lá estava eu na fila, aguardando para entrar. Até que a fila não estava tão grande e até que estava andando rápido. Quem foi com mochilas teve que deixar no guarda-volumes, mas bolsas de ombro podiam entrar. A visitação começou no quarto andar e terminou no subsolo. Então, para subir, fomos direcionados para o elevador.
A exposição se inicia com o quadro O PINTOR E A MODELO, pintado em 1963, segundo a descrição é a “metáfora do processo de criação e símbolo da criatividade inspirada pelas mulheres”.
Seu desenho MULHER NUA DIANTE DE UMA ESTÁTUA, de 1931, “apresenta o dualismo entre o clássico e o estilo maneirista, entre a arte e a vida”. Através da linguagem clássica, faz com que o real e o suprarreal estejam no mesmo plano.
CABEÇA DE MULHER, quadro de 1910, é composto por formas geométricas, com sobreposições de diferentes níveis.
RETRATO DE DORA MAAR, de 1939, é o famoso quadro a mulher com dois narizes. Uma curiosidade: a modelo do quadro foi sua amante tempos depois.
BUSTO E PALETA, de 1925, faz alusão à arte clássica e à natureza morta.
Percebe-se que é constante na obra de Picasso, a figura do Minotauro. Ele é o alter ego do artista, por meio dele, Picasso fala de si e da condição da arte e do artista na modernidade. O touro é a representação da brutalidade, mas por amá-lo, o humaniza em seus desenhos. Ver MINOTAUROMARQUIA, de 1935; e MINOTAURO CEGO GUIADO POR UMA MENINA.
Em GUERNICA, 1937, o artista dá atenção especial ao cavalo, que é a “representação simbólica do povo e que por isso aparece unido à mulher que sofre pelo filho morto”. Sem dúvidas um de seus quadros mais conhecidos, que retrata as atrocidades da Guerra Civil Espanhola.
E a exposição termina com o mesmo quadro que iniciou: O PINTOR E A MODELO.
E essa é a parte do Picasso, a parte da “modernidade espanhola”, conta com nomes como Pablo Gargalo: escultura “Silhueta de um homem jovem”, (1933- 1934); Julio Gonzáles: escultura “Dom Quixote”, (1929- 1930); Angel Ferrant: móbile “Mulher laboriosa”, (1948); Joan Miró: pintura “Cabeça e aranha”, (1925); Salvador Dalí: pintura “Arlequim”, (1927) e mais uma infinidade de outros artistas.
A mesma exposição agora se encontra no CCBB do Rio de Janeiro, desde o dia 24/06 e vai até o dia 07/09. Vocês cariocas, não percam a oportunidade!
Uma resposta
Ótimo programa para os Cariocas ^^ pena que sou de tão longe! Sou de Porto Alegre!
Estou te seguindo, adorei teu cantinho ♥
Beijos,
Joi Cardoso
Estante Diagonal