Mulheres na luta, das norueguesas Marta Breen e Jenny Jordahl é um livro que abarca 150 anos da luta das mulheres pela igualdade de direitos pelo mundo, começando pelo o século XIX até os anos 2000. A edição brasileira, publicado em capa dura pela Editora Seguinte, conta com tradução de Kristin Lie Garrubo e posfácio de Bárbara Castro.
Estruturado em formato de história em quadrinho, o livro é composto por desenhos com traços simples e bonitos, que usam a seu favor as cores para delimitar os capítulos e os temas abordados. Assim, estão presentes as cores, azul, vermelho, verde, rosa e amarelo. No capítulo sobre amor livre cada quadrinho é ilustrado com uma cor diferente, para representar as cores da bandeira LGBT.
Algo que chama atenção positivamente é que a tradução optou pelo termo “escravizado” quando refere-se a pessoas privadas de liberdade. O livro é bastante didático e bem introdutório para quem quer conhecer mais sobre a história da luta das mulheres e nomes marcantes dessa luta. Duas que eu gostaria de destacar é Harriet Tubman (1822-1913) e Sojouner Truth (1797-1883), ambas negras e nomes de referência na luta feminista negra.
As autoras apontam as três principais lutas do movimento feminista: “O direito à educação, de exercer uma profissão e ganhar o próprio dinheiro; O direito de votar em eleições políticas; O direito de decidir sobre o próprio corpo” e não escondem os horrores da opressão que as mulheres sofreram, destacando o quanto a sociedade machista pode ser cruel e punir as mulheres das piores formas possíveis.
O livro, por ser em formato de quadrinhos e por apresentar uma linguagem acessível, tanto a escrita quanto a visual, pode ser lido por todos os públicos que será de fácil entendimento, pois seu conteúdo agrega conhecimento, diverte, empolga e comove.