Coadjuvantes Especiais

Há uma frase muito explorada em exemplos de roteiros que é que “não existe piada ruim e sim, piada mal-contada”. Realmente, isso é verdade. Todo o tipo de estereótipo já foi fartamente recontado e para não ocorrer um desgaste literário, o autor precisa ser o mais criativo possível, para não saturar a paciência do leitor.
Toda história tem um início, meio e fim sempre naquele ritmo alternado com clichês e previsibilidades. Há o herói, o vilão, a questão onde a trama irá girar, alguns contratempos necessários, uma dose de drama, romance, um pouco de cenas engraçadas e o final onde o bem vence o mal.
Mas o que poderia tornar a obra com um detalhe mais especial? Tudo. Mergulhe na pesquisa e explore os seus conhecimentos. Procure esquematizar menos os personagens e enriqueça suas biografias e árvores genealógicas.
Mas o detalhe especial do post de hoje são para os coadjuvantes. Se o livro fosse uma receita de bolo, Os componentes seriam os ingredientes essenciais e os coadjuvantes, os temperos especiais. A escolha do tempero certo que fará a iguaria marcante.
Os coadjuvantes tem a importante missão de não deixar o enredo previsível demais. Você pode até se atrever a mostrar uma típica história de amor, suspense ou qualquer outro gênero; mas se os personagens aliados do herói e do vilão forem biograficamente atraentes, sua obra terá um rumo fantástico, tornando todo o conteúdo irresistível.


Leo Vieira

5 respostas

  1. Foi sobre ele que você comentou lá no blog, não é? Poxa, não vi por lá… E tampouco vi o seu livro. Posso ter passado batida, uma pena.

    Adorei o que você escreveu e concordo plenamente. Os autores precisam mesmo ser muito criativos…

    Thati;
    http://nemteconto.org

  2. Adorei o post e você tem razão! Um bom coadjuvante ajuda e até alavanca a estória!! Muito bom!!

    Beijinhos
    Mirelle – meumundoemtonspasteis.com

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Maria Ferreira

Maria Ferreira é uma mulher negra baiana. É criadora do Clube Impressões, o clube de leitura de livros de ficção do Impressões de Maria, e co-criadora e curadora do Clube Leituras Decoloniais, voltado para a leitura e compartilhamento de reflexões sobre decolonialidade. Também escreve poemas e tem um conto publicado no livro “Vozes Negras” (2019). É formada em Letras-Espanhol pela Universidade Federal de São Paulo. Seus principais interesses estão relacionados com temas que envolvem literatura, feminismo negro e decolonial e discussões sobre raça e gênero. Enxerga a literatura como uma ferramenta essencial para transformar o mundo. 

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