O Grupo Editorial Letramento está com muitos novos lançamentos e alguns deles fazem meus olhos brilharem! Destaquei aqui os títulos que gostaria muito de ler e que acho que podem interessar aos leitores deste site.
É importante dizer que nesse primeiro momento os livros estão em pré-venda e a compra dos mesmos nesse período é fundamental para que a editora tenha uma base para a produção dos mesmos.
“Versos livres, como nós é uma coletânea de poemas afro centrados, focados nas experiências da negritude feminina, vindos da inspiração de diversas vozes que não querem mais ter sua negritude apagada. Dividido em três partes, EXISTÊNCIA, que apresenta poemas gerais sobre o cotidiano, ESSÊNCIA, o ser feminino e seus altos e baixos na busca de se encontrar, e CONVIVÊNCIA, as idas e vindas da busca pelo sentir-se amada, aborda sobre a sexualização do corpo negro, a solidão da mulher negra, a construção de uma identidade, a resistência aos padrões opressores e o amor ao próprio ser.”
“Se a guerra é contra as drogas, por que a letalidade dessa guerra se mostra esmagadoramente maior com relação às pessoas negras? Por que os negros representam grande parte das pessoas no regime carcerário brasileiro?
O livro problematiza a política “proibicionista” sobre drogas brasileira assumindo que não é possível fazer uma análise sobre a guerra às drogas apartada das relações sociais brasileiras que foram conformadas pela escravidão, expropriação, desigualdade social, racismo estrutural e o ódio de classes. A partir de reflexões desde uma perspectiva antiproibicionista e antirracista, ancorando-se na sociologia, na psicologia social, na criminologia crítica e no serviço social para aportar às análises e ponderações.
A morte sistemática de jovens negros precisa ser reconhecida enquanto um genocídio da juventude negra, esse é o passo inicial para seu enfrentamento. “Guerra às drogas e a manutenção da hierarquia racial” diz respeito a todos que sonham e lutam por uma sociedade mais justa e igualitária.”
““Que leveza busca Vanda?” é uma investigação sobre as emoções e sentimentos relacionados à lida com os cabelos crespos vivenciada por mulheres residentes em Brasília e em Maputo. Embora tenham histórias e experiências muito diferentes umas das outras (cada experiência com as formas de lidar com os cabelos é singular tanto entre mulheres brasileiras quanto entre mulheres moçambicanas), elas tem em comum a lida com os cabelos crespos. Cabelos são uma parte do corpo maleável pela cultura e, sendo facilmente manipuláveis, carregam em si muitos significados. Cabelos trazem emoções fortes ao serem cortados, alterados, trabalhados. Cabelos possuem força e provocam sentimentos fortes naqueles que os portam. São uma parte do corpo que mobiliza emoções. É sobre essas emoções e sentimentos despertados pelo trato com os cabelos que “Que leveza busca Vanda?” aborda.”
“As vozes-mulheres que fazem vibrar as estruturas do patriarcado, racismo e demais injustiças que formam as bases da sociedade brasileira, são empunhadas em Lutar é Crime. Ora com a fúria acumulada, ora com a leveza necessária para cultivar uma existência de afeto, apesar das feridas abertas. Com inspiração no grande mestre e conterrâneo Marcelino Freire, o título da obra entende que amar e lutar são verbos complementares, onde a atual realidade do Brasil cada vez mais engaiola o direito de reagir às desigualdades. Se lutar é crime, a expressão de condenada é, afinal, o que me liberta.”
““Entre o silêncio e a negação” analisa o trabalho escravo contemporâneo sob a ótica da concretização do trabalho livre para a população negra, de modo a compreender os limites impostos pelo racismo na determinação do acesso deste grupo ao trabalho em condições dignas, segundo os parâmetros estabelecidos pelo Direito do Trabalho. Busca-se demonstrar a relevância do legado da escravidão colonial para compreender a negação de direitos trabalhistas aos trabalhadores negros, bem como para explicar a vulnerabilidade destes ao trabalho em condições análogas às de escravo no Brasil. A partir desses aportes, tenta-se apreender de que maneira esses fatores se apresentaram na CPI do Trabalho escravo da Câmara dos Deputados (2012).”