Citações de O Oceano no fim do caminho- Neil Gaiman

A ideia inicial era fazer dois posts a respeito desse livro: um seria a resenha e o outro seria esse de quotes, mas eu simplesmente não consigo resenhá-lo; foi um livro que eu terminei e não sabia o que dizer, só sentir. Ensaiei diversas formas de começar a resenha, mas não consegui nem preencher uma linha.
Li o livro em três dias e teria lido em dois ou um não fossem os contra-tempos da vida.
É um livro que prende o leitor e que por mais preparado que se esteja, acaba sendo surpreendido. Neil Gaiman sempre surpreende. Meu primeiro contato com ele foi com “Coraline”, há um tempo atrás e percebi que o autor me conquista pelo mistério e pela fantasia, ainda que a razão de adulta venha questionar  alguns acontecimentos. Mas uma resenha a mais ou a menos não vai fazer diferença, há diversas pela blogosfera e todas elas falam bem desse livro.

p.12- “Eu faço arte, às vezes arte verdadeira, e às vezes isso preenche os espaços vazios da minha existência”.

p.14- “As memórias de infância as vezes são encobertas e osburecidas zelo que vem depois como brinquedos antigos esquecidos no fundo do armário abarrotado de um adulto, mas nunca se perdem por completo”.

p.22- “Eu não era uma criança feliz, ainda que de vez em quando, ficasse contente. Vivia nos livros mais que en qualquer outro lugar”.

p.72- “Fui para outro lugar em minha cabeça, para dentro de um livro. Era para onde eu ia sempre que a vida real ficava muito difícil ou muito inflexível”.

p.132- “Ervilhas me deixavam perplexo. Eu não conseguia entender por que os adultos pegavam coisas que tinham um gosto maravilhoso frescas e cruas e as enlatavam e as tornavam repugnantes”.

p.133- “Eu acreditava nela e isso significava que nada de ruim me aconteceria enquanto estivesse ao seu lado. Eu sabia disso do mesmo jeito que sabia que a grama era verde, que as rosas tinham espinhos afiados e lenhosos, que cereal matinal era açucarado”.

p.135- “(…) quando você tem sete anos a beleza é uma abstração, não um imperativo”.

p.158- “Quando se tem algo específico e visível a temer, em vez de algo que não sabe o que é, tudo fica mais fácil”.

p.159- “Não tenho saudade da infância, mas sinto falta da forma como eu encontrava prazer em coisas pequenas, mesmo quando coisas maiores desmoronavam. Eu não podia controlar o mundo no qual vivia, não podia fugir de coisas nem de pessoas nem de momentos que me faziam mal, mas tinha prazer nas coisas que me deixam feliz”.

4 respostas

  1. Oi Maria.

    Sei bem como é essa sensação que temos quando a leitura é tão boa que não conseguimos passar para o papel todos os sentimentos que sentimos durante ela! 😛 As quotes que você separou são lindas, mesmo não tendo lido o livro ainda deu para ter uma boa noção de como ele deve ser bom. Super me identifiquei com a citação da ervilha. Também não gosto delas enlatadas! kkkk 😀
    Bjoks da Gica.

    umaleitoraaquariana.blogspot.com

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Maria Ferreira

Maria Ferreira é uma mulher negra baiana. É criadora do Clube Impressões, o clube de leitura de livros de ficção do Impressões de Maria, e co-criadora e curadora do Clube Leituras Decoloniais, voltado para a leitura e compartilhamento de reflexões sobre decolonialidade. Também escreve poemas e tem um conto publicado no livro “Vozes Negras” (2019). É formada em Letras-Espanhol pela Universidade Federal de São Paulo. Seus principais interesses estão relacionados com temas que envolvem literatura, feminismo negro e decolonial e discussões sobre raça e gênero. Enxerga a literatura como uma ferramenta essencial para transformar o mundo. 

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