Finalizamos a nona semana da leitura conjunta e lemos o quinto capítulo em sua totalidade. Nesse capítulo, depois de ter sido expulsa da casa da sinhá, Kehinde encontra moradia na casa de uns muçumirins, onde consegue pagar aluguel por um quarto dividido com mais uma mulher.
Logo no início do capítulo ela expõe as diversas religiões com as quais tem contato: “Se não tivesse saído da África, provavelmente teria sido feita vodúnsi pela minha avó, pois respeitava muito os voduns dela. Mas também confiava nos orixás, herança da minha mãe. Porém, cozinhava na casa de um padre e estava morando em uma loja onde quase todos eram muçumirins” (p.261).
Cada vez mais seu empreendimento com os cookies dá certo e consegue clientes fixos, recebendo encomendas e ampliando seu público para outras partes da cidade.
Boa parte de seu dinheiro vai para a irmandade que começa a fazer parte para conseguir pagar pelas cartas de alforria, mas às vezes se permite alguns luxos, como por exemplo, a compra de livros, o que não era comum que escravos comprassem, já que não tinham direito a educação. Justamente tentando mudar essa realidade, ela, junto com o padre Heinz e o Fatumbi, começa a dar aulas para crianças negras.
A sinhá passa um período de dois meses na corte e nesse tempo Kehinde aproveita para se reaproximar do filho e mesmo que sua relação com Francisco esteja diferente de antes, também podem ficar mais tempo juntos. Nesse período também acontece um episódio no qual quase o Bonjokô consegue cumprir o trato feio no Orum, o que deixa todos muito preocupados.
Com o retorno da sinhá ela comunica algumas decisões que havia tomado e uma delas era que iria morar definitivamente na corte e que levaria o filho de Kehinde com ela. Desesperada com a iminência de ser separada do filho, esta recorre a irmandade para conseguir a quantia necessária para a compra de suas cartas de alforria, mas ainda não poderia se valer desse dinheiro. Quando já estava sem esperanças é surpreendida por algo que não esperava e a partir disso arma um plano para conseguir suas cartas.
Outro episódio importante deste capítulo é que um homem branco, a quem Kehinde chama de Alberto, começa a demonstrar interesse por ela e os dois vão se conhecendo cada vez mais.
Essa leitura conjunta foi proposta no Instagram da Ale Magalhães (@literaleblog). Em seu perfil ela está postando semanalmente sobre o livro e quem está fazendo a leitura conosco está usando a tag #LendoUmDefeitodeCor para mostrar suas considerações.