E a felicidade se chama amigo- livro

Nesse dia 02 de outubro, foi realizado o amigo-livro que os lindos da minha sala organizaram. Eu até comentei sobre o assunto em uma postagem anterior (aqui).

Nós já estávamos que não nos aguentávamos mais de tanta ansiedade para saber quem nos tirou, como a pessoa ia nos definir, que livros íamos ganhar… Sentimento tal, que foi levado ao extremo quando tivemos que adiar o dia devido a questões pertinentes à escola. Sendo assim, foi adiado do dia 27 de setembro para o dia 02 de outubro.

Foi lindo. Foi emocionante. Foi especial. Foi inesquecível. E tudo foi mais intensificado pelo fato de estarmos no último ano do ensino médio e sabermos que ano que vem isso tudo fará parte de um passado. Um passado bonito, um passado bom, um passado marcante, mas mesmo assim um passado.

E talvez saber que ano que vem não vamos mais nos ver, não vamos mais chorar nos ombros uns dos outros, nem pedir ajuda em uma matéria que temos mais dificuldade, ou ajudarmos aquela pessoa que nos pede ajuda ; tenha contribuído para que nós fizéssemos com que fosse inesquecível e especial. E claro, com uma grande ajuda do Skoob, demos de presente aquele livro tão desejado pela pessoa, que com certeza toda vez que ela olhá-lo vai lembrar-se desse dia memorável.

O livro que eu ganhei foi o melhor que eu poderia ter ganhado e fiquei muito surpresa. Primeiro porque apesar do livro estar na minha lista de desejados do Skoob, não imaginava que o ganharia. Segundo, fiquei mais surpresa ainda, porque pensava que nunca o iria encontrar. É um livro que foi indicado pelo meu fantástico professor de Língua Portuguesa e Literatura, que é um leitor assíduo e tudo o que ele indica vale a pena ser lido. Enfim, o livro é “A mecânica do coração”, do Mathias Malzieu.

A pessoa me descreveu de um modo tão sensível, tão lindo, tão doce… Esse exercício de descrevermos as pessoas é muito bom porque nos permite perceber como nos portamos ante os olhos do outro, o que fica nosso nele e como somos vistos.

Tão bom quanto ter ganhado um livro tão desejado por mim, foi ver o sorriso de todos eles ao abrirem o embrulho e constatarem que ganharam o que desejaram.

Eu os amo e vou sentir uma tremenda falta deles. Mas agradeço a todos por terem feito esses últimos três anos serem memoráveis.

3 respostas

  1. Má, foi um prazer conhecê-la, tê-la como colega e amiga!
    Amei seu texto – mas não tanto quanto te amo, porque é ó, tantão.
    Vou sentir muita muita muita falta disso tudo e ainda quero crer que podemos nos ver seeeempre, se todos quisermos [e queremos, né?]

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Maria Ferreira

Maria Ferreira é uma mulher negra baiana. É criadora do Clube Impressões, o clube de leitura de livros de ficção do Impressões de Maria, e co-criadora e curadora do Clube Leituras Decoloniais, voltado para a leitura e compartilhamento de reflexões sobre decolonialidade. Também escreve poemas e tem um conto publicado no livro “Vozes Negras” (2019). É formada em Letras-Espanhol pela Universidade Federal de São Paulo. Seus principais interesses estão relacionados com temas que envolvem literatura, feminismo negro e decolonial e discussões sobre raça e gênero. Enxerga a literatura como uma ferramenta essencial para transformar o mundo. 

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