Fonte: Adoro Cinema |
Classificado como drama e com a direção de Marcelo Lordello, este filme parte de uma premissa que leva a outra.
Cris ( Maria Luiza Tavares) e Peu (Geórgio Kokkos) são irmãos. Durante uma viagem a praia, os pais cansados das constantes brigas dos dois, os abandonam na estrada como forma de castigo e talvez para dar-lhes uma lição. Os dois ficam na estrada aguardando o retorno dos pais, quando o irmão decide ir até um posto de gasolina ver se consegue notícias ou pelo menos entrar em contato com alguém. Porém, decide fazer isso sozinho e deixa sua irmã na estrada para o caso dos pais voltarem.
Passada a noite e diante do não retorno do irmão, Cris decide caminhar. Durante seu percurso encontra um rapaz de bicicleta que se oferece para levá-la para a casa dele a fim de alimentá-la.
Ela, com sede e fome, aceita o convite. A partir disso, começa a viver experiências até então inimagináveis para uma garota de doze anos, advinda de uma família rica. O rapaz mora com a mãe e com a irmã em um local ocupado por algumas pessoas que estão em um terreno ocupado. Cris entra em contato com outras realidades.
Quando finalmente consegue voltar para sua casa, se depara com um acontecimento até então não cogitado e somado as experiências passadas, demonstra uma maturidade incomum.
Apesar de um pouco clichê, gostei do amadurecimento da personagem ao longo da trama e de seu aprendizado ao se deparar com uma realidade social diferente da sua, mas algo que me incomodou foi o fato da atriz ser pouco expressiva. Ela estava lá, perdida, sozinha, sem saber como voltar para casa, mas mesmo assim mantinha a mesma expressão em todas as cenas.
É um filme monótono, parado e por vezes pouco explicativo, o espectador tem que intuir, imaginar muitas partes, mas ainda assim percebemos a sutileza com que as dicotomias foram trabalhadas. Apontadas essas ressalvas, é sempre bom incluir algo novo em nossa bagagem cultural.
Uma resposta
Não conhecia o filme e fiquei com pena dos pais das crianças (lógico, vejo meu lado) em ficar tanto tempo separados dos filhos, devem ter se desesperado. Mas tiver oportunidade verei o filme.
Abraços,
Gisela
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