Fabiana Carneiro da Silva assina nova coluna no site do Itaú Cultural

No dia 16 de julho, sexta-feira, estreou no site do Itaú Cultural www.itaucultural.org.br uma nova coluna mensal. No nome, já revela a que veio. Em Encontros com a nova literatura brasileira contemporânea, o público terá contato com um novo autor da cena literária no país, podendo conhecer sua trajetória e obra. A responsável pela curadoria dos primeiros cinco textos é a pesquisadora e professora da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Fabiana Carneiro da Silva, cuja tese de doutorado analisa a maternidade negra no aclamado livro de Ana Maria Gonçalves, Um Defeito de cor. Ela é também criadora do projeto Tessituras negras, um ateliê de leituras literárias e práticas pedagógicas afro referenciadas.

As obras selecionadas podem ser ou não inéditas, escolhidas a partir de material já publicado dos autores, ou até mesmo feitas especialmente para a coluna. A seleção de Fabiana é por região, garantindo, além de diversidade de temas, estilos e gêneros, uma pluralidade de paisagens, sotaques e histórias.  Entram ainda nos critérios de seleção a qualidade estética, a diversidade de perspectivas sociais e o engajamento político-social doas trabalhos, levando ainda em conta, as autoras que estrearam recentemente e possuam ainda pouca visibilidade no campo literário.

Foto: José Balbino de Santana Jr.

Quem estreia a coluna é a alagoana Kika Sena, escritora, arte-educadora, diretora teatral, atriz, poeta e performer. Atualmente residente na capital do Acre, Rio Branco, no campo da literatura lançou, em 2016, o livro independente Marítima. No ano seguinte, Periférica foi publicado pela Padê Editorial. Sua obra mais recente, também independente, é a zine Subterrânea, de 2019. 

Kika é licenciada em artes cênicas pela Universidade de Brasília (UnB) e pesquisadora nas áreas de gênero, sexualidade, raça e classe. A partir de 2015, vem desenvolvendo pesquisas relacionadas à voz e a palavra em performance, tendo como referência o corpo da mulher trans e travesti na cena teatral e social. No teatro, dirigiu o espetáculo Transmitologia, em 2019. Em 2020, em parceria com AsAguadeiras, esteve à frente de DesQuite. Atualmente integra a Coletiva Teatral Es Tetetas, com sede em Rio Branco.

A segunda autora destacada na coluna é Julie Dorrico, autora do livro Eu sou Macuxi e outras histórias, lançado em 2019. Ela é doutora em teoria da literatura pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC/RS). É uma das administradoras do perfil @leiamulheresindigenas do Instagram. Coordena o Grupo de Estudo em Memória e Teoria Indígena (Gemti) e é colunista da plataforma Ecoa, do UOL.

Assista o vídeo com Fabiana Carneiro da Silva

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Maria Ferreira

Maria Ferreira é uma mulher negra baiana. É criadora do Clube Impressões, o clube de leitura de livros de ficção do Impressões de Maria, e co-criadora e curadora do Clube Leituras Decoloniais, voltado para a leitura e compartilhamento de reflexões sobre decolonialidade. Também escreve poemas e tem um conto publicado no livro “Vozes Negras” (2019). É formada em Letras-Espanhol pela Universidade Federal de São Paulo. Seus principais interesses estão relacionados com temas que envolvem literatura, feminismo negro e decolonial e discussões sobre raça e gênero. Enxerga a literatura como uma ferramenta essencial para transformar o mundo. 

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