Frida Kahlo- Conexões entre mulheres surrealistas no México

Domingo, dia 25 de outubro, fui na exposição da Frida Kahlo (1907-1954) que está acontecendo aqui em São Paulo. Estive acompanhada de duas amigas da faculdade, a Amanda, que é de Letras e a Isa que cursa História da Arte (e é carioca). Pegamos a seção das 17h às 19h00.

Logo no começo tem um guarda-volumes para guardar mochilas e bolsas grandes, é permitido fotografar as obras, desde de que seja sem flash, mas não pode fazer anotações, o que para mim não faz sentido.
Meu caderno de fazer anotações que eu não pude usar
A exposição é praticamente distribuída em duas salas grandes, com uma sala menor entre elas, onde é exibido um documentário sobre a vida da Frida.

Na primeira sala tem a maior parte dos quadros da Frida, como os mais conhecidos “Autorretrato com macacos”, (1938) e “Diego em meu pensamento” (1943). Além de seus quadros de natureza-morta que representavam elementos sexuais de forma implícita.
Conta também com obras de María Izquierdo, Lola Álvarez Bravo, Remédios Varo, Bridget Tichenor e Rosa Rolanda.
As obras fazem alusão à maternidade que Frida não pode exercer, ao corpo femenino, à sexualidade e às questões relacionadas as mulheres.
Diego em mi pensamiento, 1943

Autorretrato con monos, 1938
 Na segunda sala, tem as “manequins” com algumas roupas usadas pelas indígenas tehuanas, fotografias e quadros de pintoras que não apareceram na primeira sala, como Bona Tibertelli, Cordela Urueta, Jacqueline Lamba, Kati Horna, Leonora Carrington, Lucienne Bloch, Olga Costa e Sylvia Fein.
Nas duas salas há também fotografias e manuscritos de algumas das artistas.

Particularmente, senti falta de uma orientação de por onde começar apreciar as obras, me senti meio perdida, sem saber que direção tomar, mas segui meu próprio padrão: primeiro via as obras das paredes e depois as do meio.

Até que não estava muito cheio para um domingo, mas também não dá para dizer que tinha pouca gente, de vez em quando se esbarrava em algumas pessoas e selfies com as obras era constante, então era preciso ter um pouquinho de paciência.
Indico a exposição, dá para ter uma boa noção do surrealismo mexicano e conhecer um pouco mais sobre a Frida Kahlo, sem contar que não é todo dia que se pode ter “contato” com os quadros originais dessas artistas, algumas inéditas no Brasil, então é bom aproveitar a oportunidade. E se você não é de São Paulo, ano que vem a exposição vai para o Rio de Janeiro e para Brasília.

Local: Instituto Tomie Ohtake, São Paulo.

Datas: 27.09.2015 – 10.01.2016.
Valores: 10 reais inteira, 5 reais meia. Às terças-feira a entrada é gratuita.

9 respostas

  1. Eu tenho muita vontade de ir nessa exposição (e em algumas outras que perdi), mas as filas são justamente o que me dá preguiça.
    Em dezembro tiro férias, e vou aproveitar para curtir museus em dia de semana, espero que esteja melhor.

    Beijos
    http://www.serleitora.com.br

  2. Oii tudo bom?

    Amei os manequins. Confesso que não tenho muita paciência para exposição apenas de quadros e obras, mas pelos manequins eu visitaria com certeza, amo estas coisas. Frida é tão diferente de tudo, muito legal ver esse tipo de exposição acontecendo

    Beijokas

    naprateleiradealice.blogspot.com.ar

  3. Tenho muita vontade de conhecer mais a história da Frida, e acho que adoraria ir na exposição para fotografar, será que vem pro interior de Sao Paulo também? Acho que não né, mas sobretudo, eu amei o seu post, e as suas fotos.
    Apenas não entendi o porquê de poder fotografar, mas não poder anotar. Ué rs
    Beijos

    http://myself-here1.blogspot.com/

  4. Que amor! Pena que eu não pude ir, acho o trabalho da Frida incrível, além da personalidade forte e belíssima que ela tinha.

    Esse ano se eu não me engano vai ocorrer uma exposição do Van Gogh em SP, espero muito poder ir.

  5. Eu não me perdoo por ter perdido essa exposição! Sou fascinada pela Frida e queria muito ter ido, mas as circunstâncias não favoreceram…
    Amei as fotos que você tirou, parabéns!

    Litera Cult

  6. Oi!
    Ainda não tive oportunidade de conhecer uma exposição (nem dela, nem de ninguém), mas quero quando puder.
    Não fotografar com flash tudo bem, mas não anotar?? Que nada a ver! Não entendi também…

    Beijos,
    Kemmy – Duas Leitoras|Tem resenha premiada no blog!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Maria Ferreira

Maria Ferreira é uma mulher negra baiana. É criadora do Clube Impressões, o clube de leitura de livros de ficção do Impressões de Maria, e co-criadora e curadora do Clube Leituras Decoloniais, voltado para a leitura e compartilhamento de reflexões sobre decolonialidade. Também escreve poemas e tem um conto publicado no livro “Vozes Negras” (2019). É formada em Letras-Espanhol pela Universidade Federal de São Paulo. Seus principais interesses estão relacionados com temas que envolvem literatura, feminismo negro e decolonial e discussões sobre raça e gênero. Enxerga a literatura como uma ferramenta essencial para transformar o mundo. 

R$ 5.829/mês 72%

Participe do Clube Impressões

Clube de leitura online que tem como proposta ler e suscitar discussões sobre obras de ficção que abordam assuntos como raça, gênero e classe, promovendo o pensamento crítico sobre a realidade de grupos minorizados.