É o tipo de dúvida intrigante para quem quer faturar no mercado literário. Mas o conselho é: Nunca pense em escrever de acordo com o que vende na atualidade. Na onda dos romances “vampirescos” liderados por Stephenie Meyer, existem mais de quarenta títulos com o mesmo enredo de romances proibidos protagonizados por meninas insossas que se apaixonam perdidamente por rapazes estranhos e misteriosos até virem à tona a “surpresa” de que eles são… vampiros!
É um clichê irritante demais. Não quero julgar que são ruins, afinal eles fazem o bom papel de entretenimento juvenil. Muitas editoras vão na onda, até mesmo copiando o modelo de capas de fundo preto com efeitos misteriosos. Realmente podem vender, assim como livros de zumbis e também de romances polêmicos sadomasoquistas. A questão é: será que vale a pena apelar para um clichê somente para vender bem?
Isso é um erro muito grave para quem quer se aventurar respeitosamente no mercado literário. Não escreva para vender, porque o seu público notará isso. Seja original em sua história. Vampiros são seres sanguinários, violentos, cruéis, demoníacos, soturnos, macabros e desprovido de sentimentos. Na mesma linhagem maligna estão os demônios e os zumbis. Então não tente apelar para os clichês controversos de vampiros e zumbis românticos com missão especial com meninas adolescentes, a não ser que seja
algo totalmente original, porque você irá começar mal.
Respeite a inteligência do leitor, porque ele é exigente e se ele der ao luxo e confiança de apostar em uma literatura nova, então aproveite esse momento com todo o seu empenho. Apresente uma obra original e contundente. Faça o leitor pensar e ter vontade de reler e compartilhar a novidade. São muito poucos os que realmente pensam assim e colocam em prática no início de sua trajetória.
Leo Vieira
3 respostas
Oi Leo, tudo bem?
Bom… Gostei de ler sua opinião em visão de leitor. Eu não sou escritor profissional, mas já escrevi muuuuuuuuuuuuitas coisas. E em partes concordo contigo, mas resumindo seu post, "Não escreva para vender, porque o seu público notará isso."
Eu, Juliano, como leitor e como "escritor", concordo que hoje em dia o infanto-juvenil se tornou banal, onde tudo pode, tudo é aceito, e o pior, tudo é adorado. Mas aí entra a questão: Como escritor, nosso trabalho é primeiramente escrever (independente do gênero), e segundo, sem clichê de autores humildes, com certeza é vender. Ninguém começa a escrever sem a segunda intenção de ganhar dinheiro.
Eu por exemplo, como amo Crepúsculo de paixão e é muito importante pra mim porque marcou uma parte da minha vida, porém, como escritor jamais escreveria algo daquele tipo… Porque gostar de um livro é diferente de o livro ser bom… Enfim, acho que estou me enrolando. Mas tem um post no meu blog que é dedicado somente à isso, e gostaria muito de ouvir sua opinião lá.
Link do post:http://diariodeumledor.blogspot.com.br/2014/04/gostar-ou-nao-gostar-de-um-livro.html
Leo, um abraço. E até mais!
Juliano.
http://diariodeumledor.blogspot.com.br
Oi, Juliano. Obrigado pelo comentário. A questão do "tudo pode" é preocupante na
literatura, principalmente na literatura fantástica. Sempre ressalto que literatura
fantástica não é literatura ilógica. Se algo estranho foi inserido no enredo, é
necessário que realmente haja um motivo para isso acontecer, entre outras coisas. Isso é fazer literatura de qualidade, independente do tema.
É claro que tudo isso é uma opinião pessoal, e toda crítica, sempre é bem-vinda. Já conferi o seu texto e deixei uma opinião lá também.
Grande abraço,
Leo Vieira
http://antroliterario.blogspot.com.br/
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