Você já se perguntou qual é seu gênero literário de conforto? Aquele que te deixa animada, ou aquele que sempre te tira de grandes períodos sem conseguir encostar em um único livro?
O meu é gênero de fantasia e há algum tempo venho me perguntando o porquê dessas histórias fantásticas me envolverem tanto, não sei se tenho uma resposta exata, mas conhecer novos mundos cheios de magia, divindades, mitologias que envolvem culturas distintas, ou histórias épicas com lutas, reis, rainhas e intrigas políticas sempre me tiraram o fôlego e me fizeram fugir da realidade. Com o tempo fui aprendendo que as fantasias e distopias também nos ensinam muito sobre as injustiças que acontecem na nossa própria vida, mas de uma forma diferente. Quantas vezes não li através de livros de fantasias, preconceitos que vivemos na vida real?
Mas, e você? Conhece um pouco sobre a história da literatura fantástica ou o que caracteriza esse gênero tão amplo? Como eu acho livros fantásticos extremamente viciantes, decidi pesquisar um pouco mais e queria compartilhar com vocês o que descobri.
A sociedade já contava histórias muito antes de escrevê-las, elas eram transmitidas através de pinturas rupestres e mais pra frente de maneira oral. Um dos primeiros textos escritos que conhecemos, são contos egípcios “Os Contos dos Mágicos”, datados aproximadamente por volta de 4.000 A.C. Também podemos citar textos como “As Mil e Uma Noites” do Oriente e Ilíada e Odisseia de Homero.
Inicialmente os contos eram transmitidos através da fala, como em uma contação de história, utilizados para que as narrativas fossem passadas de geração em geração. Antes tinham como objetivo principal: educar, entender a origem de cada povo, além de existir uma forte ligação a um relato sagrado. Somente no século XIV, o conto passou também a ser escrito e aos poucos foi perdendo essa característica ritualística, dando espaço ao mito.
Com os mitos, também nasceram os contos de fadas, trazidos pelos celtas e os contos maravilhosos, vindos do oriente, que ofereciam questões mais sociais e objetos mágicos, como os tapetes e anéis. Assim, a literatura fantástica surgiu dos contos de fadas, dos contos maravilhosos, do período gótico carregado de histórias de fantasmas, terror e monstros como “Frankenstein” de Mary Shelley e várias outras histórias.
Assim, podemos entender a fantasia como tudo que foge da realidade, isto é, o que não pode ser explicado por elementos científicos ou tecnológicos. Hoje, existem diversos subgêneros derivados da fantasia, mas essa parte a gente deixa para conversar mais tarde. No próximo post, a gente fala mais sobre essa divisão de subgêneros e um pouco sobre o quanto encontrar personagens negros, ou seja, que se pareciam comigo, no meu gênero favorito foi significativo, até lá!
Referências
AMARAL, B. B. A Literatura Fantástica: Percurso Histórico e Conceitual. Porto das Letras, [S. l.], v. 8, n. Especial, p. 185–203, 2022. DOI: 10.20873-ne-bba. Disponível em: https://sistemas.uft.edu.br/periodicos/index.php/portodasletras/article/view/14906. Acesso em: 7 abr. 2023.
ARAÚJO, Felipe. Fantasia (gênero). Infoescola. Disponível em: https://www.infoescola.com/literatura/fantasia-genero/
Uma resposta
Atualmente eu me sinto muito bem lendo livros de ficção científica, mas, os de fantasia tem me conquistado um pouquinho 🥰