É muito comum na vida de um leitor e/ou escritor ocorrer as conhecidas insônias por conta do texto que está lendo, revisando ou escrevendo. Um escritor sempre perderá a noção do tempo durante as suas imersões literárias.
Mas por que será que a madrugada é um período tão apreciado? Muito simples: a madrugada é praticamente o ápice para que o cérebro possa trabalhar e desenvolver o senso criativo. É nesse momento que temos os sonhos mais absurdos e inimagináveis.
Mas nem sempre nos lembramos deles quando acordamos, exatamente pelo fato da madrugada ser o momento de relaxamento total das ideias. Outro fator que torna a madrugada especial é o silêncio. Quando estamos sem barulho por perto, temos mais capacidade para raciocinar e também nos distraímos muito menos.
Durante o dia, armazenamos informações, imagens, vozes, fisionomias, momentos notáveis, melodias, entre outras preciosidades sem muita importância no momento. De madrugada, quando o corpo começa a se desligar da realidade para o merecido descanso, a mente começa a se agitar e trazer à tona todas essas informações de forma intensiva e até descontrolada. A situação chega a ser incômoda, como um peso de consciência. O momento especial em que você se torna cúmplice de suas ideias apresentadas no papel. Aprecie esse momento porque a noite será longa, coroando mais um dia que valeu a pena.
Só pra ressaltar; esse texto também foi escrito em uma madrugada.
Leo Vieira
4 respostas
Amei o texto, sempre fico nessas situações =/
memorias-de-leitura.blogspot.com
Muito bom o texto, gostei muito.
Eu já tive insônia literária, ahahahaha.
http://enquantoestavalendo.blogspot.com.br/
Tenho MUITA insônia literária, porque costumo ficar muito absorta nos livros que pego para ler.
Beijos
Meu Meio Devaneio
É bom apontar também que, reza a lenda, Salvador Dali se privava do sono, pois a exaustão lhe causava alucinações. Existe essa linha entre a consciência e a inconsciência que permite um fluxo de ideias bem mais livre, já que a lógica se perde durante o sono. Nada saudável esse hábito, mas claramente funcionava pra ele. Acho também que algo similar se passava durante a chamada "escrita automática" de André Breton e outros surrealistas, não sei, mas é interessante.
delirandoeescrevendo.blogspot.com.br