Resenha “Eu, Robô”- Isaac Assimov

A U.S Robôs e Homens Mecânicos é uma empresa que cria robôs para as mais diversas atividades. O primeiro robô criado foi Robbie, um robô que não tinha a capacidade de falar e servia como babá de uma criança.
Os robôs nunca foram aceitos pela sociedade, por isso eram utilizados principalmente para realizar tarefas no espaço, explorando planetas, fazendo novas descobertas em Mercúrio…
Gregory Powell e Michael Donavan são os funcionários dessa empresa, responsáveis por “testar” os robôs. São sempre designados para cumprir um tarefa na companhia de um robô para avaliarem o desempenho deles. E assim podemos acompanhar a evolução dos robôs: um SPD-13 super veloz, um QT-1 muito inteligente, um DV… e assim por diante. Achei esses dois personagens os mais carismáticos do livro, responsáveis pela graça da coisa.
Susan Calvin é a psicologa de robôs da empresa e é a responsável por entender a forma de pensar dos robôs e entender o porquê deles agirem de determinada maneira. É uma mulher perspicaz, que nunca escondeu que prefere os robôs aos seres humanos.
O livro todo é bem futurista. Tudo acontece num futuro um tanto quanto distante de nós, a primeira data a ser citada é 1982  e a última é 2052, o que é impressionante se levarmos me consideração o fato de ter sido publicado em 1950. Ou seja, o autor Isaac Assimov, considerado por muitos o pai da robótica, acertou em cheio ao fazer sua previsão de que o mundo seria dominado pelas Máquinas, o que é uma fato inegável nos dias de hoje.
Foi nesse livro que o autor criou as Três Leis da Robótica, que permeia todo o livro.
São elas:
“1. Um robô não pode ferir um ser humano ou, por omissão, permitir que um ser humano sofra algum mal.
2.Um robô deve obedecer às ordens que lhe sejam dadas por seres humanos, exceto nos casos em que tais ordens contrariem a primeira lei.
3. Um robô deve proteger sua própia existência, desde que tal proteção não entre em conflito com a primeira e a segunda lei”.

ASIMOV, Isaac. Eu, Robô. São Paulo: Círculo do Livro, 1976.

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Maria Ferreira

Maria Ferreira é uma mulher negra baiana. É criadora do Clube Impressões, o clube de leitura de livros de ficção do Impressões de Maria, e co-criadora e curadora do Clube Leituras Decoloniais, voltado para a leitura e compartilhamento de reflexões sobre decolonialidade. Também escreve poemas e tem um conto publicado no livro “Vozes Negras” (2019). É formada em Letras-Espanhol pela Universidade Federal de São Paulo. Seus principais interesses estão relacionados com temas que envolvem literatura, feminismo negro e decolonial e discussões sobre raça e gênero. Enxerga a literatura como uma ferramenta essencial para transformar o mundo. 

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