Resenha “Outsiders- Vidas sem rumo”- Susan E. Hinton

Este livro foi publicado pela autora quando ela tinha apenas 17 anos. Foi transformado em filme por Francis Ford Coppola e isso só serve para maximizar todo talento da autora, porque ela realmente merece.

A história é narrada em primeira pessoa por Ponyboy Curtis. Um adolescente que gosta de pôr-do-sol e de poesia, mas é influenciado pelo meio em que vive, sendo obrigado a participar de brigas entre os socs e os greasers.
Os socs são garotos ricos, mimados, que possuem carros de luxo e se acham no direito de saírem por aí agredino as pessoas. Os greasers são caraterizados pelo uso de brilhantina nos cabelos longos, são de classe baixa e são maus vistos pela sociedade, em especial pelos socs. Em resumo, um rico e o outro é pobre. isso nos anos 60, mas há a possibilidade de intertextualizar com os dias atuais, se pensarmos na gritante diferença social que ainda existe.

Ponyboy, que é greaser e mora com os dois irmãos mais velhos, sentiu na pele o que é ser vítima de um soc, assim como seu melhor amigo Johnny, que ficou com um grande trauma. Quando estes dois tentaram se defender, acabaram provocando um grande problema e tiveram que fugir. No final dessa fuga, há o ponto alto do livro. A autora dá um verdadeiro tapa na cara da sociedade, mais realista impossível.
Fica a minha dica de leitura e tenha certeza que se você ler este livro, vai querer ler o segundo, “Passou, já era“, que já resenhei aqui também. Os dois são curtos e valem mesmo a pena ler.

5 respostas

  1. Fiquei com vontade de ler! Já tinha ouvido falar sobre o filme mas não sabia que tinha sido baseado em um livro. Adorei sua resenha.

    Beijos,
    chuvadeejaneiro.blogspot.com

  2. Fora desse blog, ainda não tinha ouvido falar dessa autora. Livro juvenil não é bem meu negócio, mas o enredo desse é bem interessante. Será que os livros de antigamente não subestimavam os adolescentes?

  3. Minha flor, há quanto tempo não aparecia por aqui? :O
    Adoro seus posts. Estava com saudade deles. Sua resenha me fez pensar que há tantos livros, TANTOOOOO, que mal sabemos. Adorei a ideia da autora. Quanta maturidade dela em produzir um livro com tal temática aos 17 anos. Faz pensar… "o que estou fazendo com meus 20 e tantos!?" (rs).
    Espero ter a oportunidade de ler este livro.
    Beijos, linda!

    http://www.myqueenside.blogspot.com

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Maria Ferreira

Maria Ferreira é uma mulher negra baiana. É criadora do Clube Impressões, o clube de leitura de livros de ficção do Impressões de Maria, e co-criadora e curadora do Clube Leituras Decoloniais, voltado para a leitura e compartilhamento de reflexões sobre decolonialidade. Também escreve poemas e tem um conto publicado no livro “Vozes Negras” (2019). É formada em Letras-Espanhol pela Universidade Federal de São Paulo. Seus principais interesses estão relacionados com temas que envolvem literatura, feminismo negro e decolonial e discussões sobre raça e gênero. Enxerga a literatura como uma ferramenta essencial para transformar o mundo. 

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