Sobre a beleza- Zadie Smith

Nesse livro entramos em contato com a divergência de duas famílias. A família de Howard Belsey e a de Monty Kipps. Howard é um professor universitário, é branco e é casado com Kiki, uma enfermeira, negra e eles são pais de de três filhos: Levi, Zora e Jerome. Monty é casado com Carlene e eles são pais de dois filhos: Victoria e Michael.

O livro começa com Jerome enviando e-mails para o pai relatando sua experiência como estagiário de Monty Kipps e na sequência, conta como se apaixonou pela filha dele, Victoria, a ponto de querer casar com ela, mas descobre que o desejo de casamento não era recíproco. Humilhado e desiludido, volta para casa e passa alguns dias curtindo sua dor, até que um dia resolve juntar a família e ir em um converto do Mozart. Foi nesse dia que Carl, ainda que de alguma forma personagem secundário, aparece na história.

um tempo depois, Monty Kippss é convidado para dar aulas na Universidade de Wellington, a mesma que Howard leciona. Issó só serve para intensificar o embate que há entre os dois: Howard é liberal, Monty consevardor; Howard não tem religião, Monty é cristão; Howrd é denfesor das Ações Afirmativas na uni versidade, Monty é contra.

Narrado em terceira pessoa, o livro trabalha com temas variados como a imigração de haitianos para os Estados Unidos, o multicolorismo, a amizade, infidelidade, mas não se aprofunda em nenhum especificamente.

No início, algo que me incomodou um pouco foi a quantidade de diálogos presentes nas primeiras trinta páginas e a forma como carregada de gírias que um dos personagens falava.

Algo interessante é a presença da Academia no livro. Não há muitos que exponham o funcionamento das universidades.

Foi publicado aqui no Brasil em 2007, pela Companhia das Letras, com a tradução do escritor Daniel Galera. Temos também outros livros da autora: “Dentes Brancos” (2003), “O Caçador de Autógrafos” (2006) e o mais recente “ZW” (2014).

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Maria Ferreira

Maria Ferreira é uma mulher negra baiana. É criadora do Clube Impressões, o clube de leitura de livros de ficção do Impressões de Maria, e co-criadora e curadora do Clube Leituras Decoloniais, voltado para a leitura e compartilhamento de reflexões sobre decolonialidade. Também escreve poemas e tem um conto publicado no livro “Vozes Negras” (2019). É formada em Letras-Espanhol pela Universidade Federal de São Paulo. Seus principais interesses estão relacionados com temas que envolvem literatura, feminismo negro e decolonial e discussões sobre raça e gênero. Enxerga a literatura como uma ferramenta essencial para transformar o mundo. 

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