Lidos em 2020

Todo ano penso que vou ler bastante, no mínimo um livro por semana, mas todo ano sou surpreendida pela vida que olha na minha cara e diz que tem outros planos. 2020 tinha tudo para ser um ano bom, até que veio a pandemia e acabou com os planos de leitura e todos os outros.

Eu lia muito em trânsito, já que quando podia transitar livremente pela cidade passava a maior parte do tempo fora de casa e um livro sempre me acompanhava no percurso. Em 2020 o único trânsito que teve foi o da caminhada do quarto para a sala, da sala para a cozinha, da cozinha para a lavanderia. A cama, o sofá e as cadeiras foram os únicos lugares em que pude ler. Nas raras vezes em que necessitei sair de casa, não ousei levar nenhum livro por medo de contaminação. 

Até março meu ritmo de leitura estava indo de vento em popa, depois foi só ladeira abaixo. Continuei lendo, mas não no mesmo ritmo de antes, até porque tinha outras tarefas para ocupar meus pensamentos: preocupações com o mundo e com a política brasileira, o medo do coronavírus, a saudade da família. Então concluo o ano sabendo que fiz o que estava ao meu alcance e satisfeita com o que consegui ler.

Já tem post com as melhores leituras do ano. Confira a lista aqui.

Abaixo, a lista dos livros lidos durante o ano de 2020.


1- A rota que levou até você, Lorrane Fortunato

2- Compaixão, Bryan Stevenson  

3- Fora da cafua, Gabriel Sanpêra 

4- Caminhando com Nietzsche, John Kaag

5- Na hora da virada, Angie Thomas

6 – Confetes e serpentinas, Várias autoras

7 – Haverá festa com o que restar, Francisco Mallmann

8 – O perigo de uma história única, Chimamanda Ngozi Adichie

9 – Barítono, Rodrigo Carneiro

10 – Marrom e amarelo, Paulo Scott

11 – Por que não converso mais com pessoas brancas sobre raça, Reni Eddo-Lodge

12 – Pequeno Manual Antirracista, Djamila Ribeiro

13 – Você por aqui?, Ana Rosa e Wlange Keindé

14 – Meia Curta, Andreza Félix

15 – Negras crônicas, Várias autoras

16- Quando sentir, escreva, Gabriela Araujo

17 – O avesso da pele, Jeferson Tenório

18 – Interseccionalidade, Carla Akotirene

19 – Eu, Tituba: Bruxa Negra de Salem, Maryse Condé

20 – Lélia Gonzalez, Alex Ratts e Flávia Rios

21 – Enterre seus mortos, Ana Paula Maia

22 – Identidade, Nella Larsen

23 – Nada digo de ti, que em ti não veja, Eliana Alves Cruz

24 – O feminismo é para todo mundo, bell hooks

25 – Aída: Um conto de liberdade, Mariana Ribeiro

26 – Quarto de despejo, Carolina Maria de Jesus

27 – Filhos de sangue e osso, Tomi Adeyemi

28 – Não pararei de gritar, Carlos de Assumpção

29 – Primavera para as rosas negras, Lélia Gonzalez

Para conferir minhas listas de leituras dos anos anteriores, clique aqui.


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Maria Ferreira

Maria Ferreira é uma mulher negra baiana. É criadora do Clube Impressões, o clube de leitura de livros de ficção do Impressões de Maria, e co-criadora e curadora do Clube Leituras Decoloniais, voltado para a leitura e compartilhamento de reflexões sobre decolonialidade. Também escreve poemas e tem um conto publicado no livro “Vozes Negras” (2019). É formada em Letras-Espanhol pela Universidade Federal de São Paulo. Seus principais interesses estão relacionados com temas que envolvem literatura, feminismo negro e decolonial e discussões sobre raça e gênero. Enxerga a literatura como uma ferramenta essencial para transformar o mundo. 

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